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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Equipe Multidisciplinar do DB

Colégio Estadual Dona Branca do Nascimento Miranda.
Ensino Fundamental, Médio e Normal.
Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar
1. Identificação da Equipe Multidisciplinar:
1.1-Estabelecimento: Colégio Estadual Dona Branca do Nascimento Miranda.

1.2-Cidade: Curitiba -PR

1.3-NRE: Curitiba

1.4-Componentes da Equipe Multidisciplinar:
Coordenador : Nanderson Rafael Rosenau
Professores:
Ana Roseli Kutack ( Pedagoga)
Deborah Braga Eitelwein ( Biologia)
Dulcineia Aparecida Klingenfuss ( Língua Portuguesa)
Gisele Alves de Almeida ( Língua Espanhola)
Joice Barreiros ( Língua Portuguesa)
Leocinara do Rocio Fernandes ( Educação Física)
Lígia Mara Cardoso ( Química)
Margareth do Rocio Sopa ( Pedagoga)
Maurício de Oliveira Munhoz ( Matemática)
Rafael Ribas Galvão ( História e Sociologia)
Silmara Dias Pereira ( Língua Inglesa)
Sonara Cristina Polityto Cremasco ( Língua Portuguesa e Pedagoga)
Valmir Coqueiro Fontana ( Filosofia e Ensino Religioso)

Agente Educaciona II :

Daniella Flavia Vidal de Toledo
Debora Oberst
Everton Alzemiro Theodorowis
Jaqueline G. Mulinari
Maria Christina F. de Azevedo
Maria Aparecida Camargo
2. Objetivos Gerais

A Equipe Multidisciplinar objetiva promover ações de enfrentamento ao preconceito,
discriminação e racismo no ambiente escolar, orientando a prática pedagógica deste estabelecimento, apresentando as contribuições trazidas pela História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena.

Deste modo, busca-se desenvolver uma atitude de respeito e valorização destas etnias no espaço escolar e por conseqüência, atingir outros setores sociais podendo resultar em uma sociedade mais humana e justa.

2.1 Objetivos Específicos e Expectativas de Aprendizagem

1) Possibilitar aos alunos e demais envolvidos nesta atividade educacional um espaço de estudos, pesquisas, discussões e reflexões à partir do conhecimento de um referencial positivo dos contextos sociais, políticos e culturais da África.

2) Discutir a questão étnico-racial no Brasil, nos espaços públicos e privados nos diferentes espaços da nossa sociedade.

3) Conhecer e dar reconhecimento à História do povo afro-brasileiro e indígena e seus valores civilizatórios.

4) Oportunizar espaços de vivências extracurriculares que articulados com o currículo otimizam o processo ensino aprendizagem e (re)significando-o.

5) Ampliar a leitura de mundo de todos os envolvidos no processo.

6) Incentivar a pesquisa como forma de efetivar a leitura e interpretação, bem como desenvolver a argüição de nossos alunos.

7) Conhecer a legalidade que ampara este estudo - Lei 11.645/08.

3. Justificativa das ações que serão realizadas

Atualmente vivemos em uma sociedade que prima pela dignidade da pessoa humana sendo este, inclusive, um princípio estabelecido pela Constituição Federal do Brasil. Na Constituição estabelece a observância da não discriminação, quando prevê que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, estabelecendo que a prática de racismo constitua crime.

Por mais que a Constituição garanta a igualdade, percebemos ainda a discriminação e a exclusão social do negro e do índio. Ao longo da história, os europeus dominaram, perseguiram e exploraram os povos indígenas e os povos africanos, objetivando garantir os seus lucros e o domínio sobre a terra. A exploração se perpetua sob a idéia de democracia racial.

Ainda caminhamos para que não haja diferenças entre as pessoas. A história do negro, em nossa sociedade, é de muito sofrimento e lutas, mas principalmente, de conquistas devido a sua luta. E neste sentido, cabe aos profissionais da Educação referenciar os aspectos positivos desta História Social.

O cotidiano escolar revela que a cultura africana e não é refletida na prática educativa da maioria dos docentes na sala de aula. O segundo maior continente do planeta aparece em livros didáticos somente quando o tema é escravidão, deixando falha a noção de diversidade de nosso povo e minimizando a importância dos afro-descendentes. Por isso, em 2003, entrou em vigor a Lei no 10.639, que tenta corrigir essa dívida, incluindo o ensino de história e cultura africanas e afro-brasileiras nas escolas. A cultura africana oferece elementos relacionados a todas as áreas do conhecimento.

Porém ainda temos um longo caminho a ser percorrido e a escola, como formadora e transformadora da sociedade , tem grande contribuição para que este processo seja agilizado.

Nesta concepção de estudo da História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena e no cumprimento dos dispositivos presentes na Lei 10.639, o Colégio Estadual Dona Branca do Nascimento Miranda, pela implementação da Equipe Multidisciplinar (baseadas nesta Lei no Parecer 003/04) buscará por meio de estudos, pesquisas, sensibilizações, seminários, discussões e reflexões levar os alunos e a comunidade escolar, a conhecer um referencial positivo dos contextos sociais, políticos e culturais destas etnias.

5. Procedimentos e Estratégias

5.1- Diagnóstico das Etnias na escola

Através de levantamento de dados , nossa escola diagnosticou que três por cento dos alunos declaram-se afrodescentes. Não há a presença de alunos e funcionários descendentes de indígenas. Um por cento dos funcionários é afrodescendente.

5.2 – Conteúdos e conhecimentos

Durante o ano letivo cada professor deverá colocar um pouco dos conhecimentos referentes à História e Cultura Afrobrasileira Africana e Indígena em sua prática educativa. Os registros deverão ser feitos em PPC , PTD e Livro registro de Classe. Para as atividades a serem executadas, Tais conhecimentos serão subsidiados pela Equipe Multidisciplinar que organizará um portifólio com aporte teórico que relate:

• fatos históricos, contribuições artísticas, influências de vocabulário em nossa língua, religião, culinária, entre outras contribuições.

• Pesquisas de conteúdos que possam ser acrescentados às disciplinas curriculares com caráter interdisciplinar.

• Historicidade da identidade racial na cidade de Colombo.

• Levantamento de dados sobre a questão racial.

5.3 - Análise e orientação quanto às possíveis situações de discriminação étnicas racial

Em nossa escola, quando observasse um ato preconceituoso por parte dos alunos, os procedimentos tomados são os seguintes: Orientação aos alunos, através do professor, sobre as atitudes inadequadas que estão sendo tomados com o colega. Caso haja reincidência do fato os alunos são encaminhados para a equipe pedagógica que após conversa abordando as leis infringidas, procura conscientizar os alunos envolvidos de seus direitos e deveres, incluindo o respeito ao próximo, base que procuramos ter em nosso cotidiano escolar e que inclusive faz parte de um dos artigos do Regimento Escolar.

Acredita-se que após os trabalhos realizados pela equipe multidisciplinar não haja mais discriminação quanto a etnia do colega de escola.

5.5 Análises dos materiais didáticos utilizados pela escola

Após verificação pela Equipe Multidisciplinar, foi observado que o único material utilizado sobre o tema afro e indígena são os livros didáticos e a Lei. Portanto, emerge a necessidade de pesquisa e organização de subsídios teóricos e recursos midiáticos para os encaminhamentos do trabalho pedagógico no interior da escola e mediados pela Equipe Multidisciplinar..

6. Cronograma

MARÇO

Historicidade: leitura compartilhada (pasta com subsídios teóricos de apoio ao trabalho do professor) , discussão e produção de material didático.

ABRIL

Música: Racismo e Burrice – Gabriel O Pensador.

Interpretação e reflexão.

MAIO

Arte Africana e Indígena:

• Teatro

• Dança (capoeira)

JUNHO

Palestra:

• Docentes especializados.

• Representantes NRE e/ou SEED.

• Educadores de Universidades (ex.UFPR)

JULHO

Filme:

• Invictus

Interpretação e reflexão.

AGOSTO

Genética e Evolução: leitura compartilhada (pasta com subsídios teóricos de apoio ao trabalho do professor) , discussão e produção de material didático.

SETEMBRO

Grandes Personalidades Negras do Brasil e do Mundo

OUTUBRO

Filme:

• Teste da boneca negra

• Leitura compartilhada: interpretação e reflexão.

NOVEMBRO

Culminância dia 20 de novembro

• Apresentações Culturais

• Exposição de Trabalhos

DEZEMBRO

Aplicação de Instrumento Avaliativo

• Docentes

• Alunos



7. Avaliações das ações realizadas pela Equipe Multidisciplinar

As avaliações serão em duas etapas com professore e alunos.

As avaliações realizadas com professores serão através de diálogo constante e ao final do ano letivo haverá aplicação de questionário (sem identificação), contendo questões objetivas e discursivas quanto as práticas realizadas.

O instrumento avaliativo solicitará sugestões para realizações de trabalhos para o ano de 2012.

Com os alunos, os mesmos receberão uma pequena avaliação informal a fim de verificar os conhecimentos adquiridos. Também com a proximidade do final do ano letivo terão uma avaliação no mesmo formato que a dos professores.

Depois destas ações realizadas a equipe fará um relatório finalizando as atividades 2011.



8. Referência

VEYNE, Paul. História da Vida Privada – Vol. 1 – Ed. De Bolso

FREYRE, Gilberto. Casagrande e Senzala. Global Editora.

SLENES, Robert W. Na Senzala Uma Flor. Editora Nova Fronteira

SCHWARCZ, Lília Moritz. O Espetáculo das Raças. Cientistas, Instituições e Questão Racial no Brasil. Ed. Companhia das Letras.

BACELAR, Jéferson & CARDOSO, Carlos, orgs. Brasil, um país de negros? Rio de Janeiro, PALLAS, 1999.

BAUDUS, Hebert. Estórias e Lendas dos Índios. São Paulo, Literart, 1960. (Série Antologia Ilustrada do Folclore Brasileiro. Estórias e Lendas.)

CARNEIRO, Edison. Landinos e crioulos: estudo sobre o negro no Brasil. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1964. (Col. Retratos do Brasil.)

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 Disponível no Site: www.planalto.gov.br

Lei 10.639/03, disponível no Site: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

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